1984, George Orwell
Partindo da Europa dos primeiros anos do pós-II Guerra, George Orwell imagina um mundo dividido em três super potencias que vivem de brigas e alianças entre si e cujo controle social é exercido pelo Partido e pelo líder Grande Irmão. Vigiados 24 horas por dia pelas teletelas (principal instrumento da polícia das idéias) os cidadãos desse mundo sitiado vivem um progressivo aniquilamento da memória e da individualidade. Os cidadãos que trabalham para o partido, eles mesmos igualmente vigiados, tem como missão criar a Nova Fala, idioma em que todas as palavras tidas como subversivas (praticamente todas que reunidas numa frase conduzam ao ato de pensar) precisam ser abolidas e trocadas por outras, meramente funcionais e sem significado. Ao mesmo tempo, o Ministério da Verdade se ocupa de alterar fatos e datas históricas cada vez que o Partido acredita que uma determinada informação pode comprometer o regime, daí, depois de pouco tempo, ninguém mais sabe o que é a realidade de fato ou o que é uma versão da realidade, se é que existe alguma realidade de fato. O herói da história é Winston, um membro do partido que trabalha no Ministério da Verdade e que, inadvertidamente, descobre um documento que deveria ter sido alterado e eliminado e que pode destruir o Partido, caso caia nas mãos erradas…
Como pode ser percebido na sinopse do livro, Orwell cria uma sociedade - muito parecida com a nossa atual - que é privada de qualquer opinião; onde não tem liberdade de falar o que pensa. O individualismo é completamente perdido, onde o que importa é o grupo. Todos os fatos relatados no livro vão contra os ideais do Liberalismo, onde, como o nome já diz, preza a liberdade do individuo.
Esse livro é uma ótima pedida para entender como a falta de Liberalismo pode deixar o individuo ser guiado sem questionar o que acontece a sua volta, e as consequências que isso pode trazer - uma sociedade leiga que só obedece.
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